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PSDB, um partido de verdade

16 de junho de 2023

Autor: Eduardo Azeredo

A volta da democracia exigiu uma resistência tenaz de todos aqueles que não se conformaram com a ausência de direitos fundamentais dentro da nossa sociedade, baseada nos princípios ocidentais. Com a proibição dos partidos tradicionais, entre os quais se destacavam o PSD, o PTB e a UDN, foram criados dois partidos: o Arena, que era base de apoio do governo militar, e o MDB, que uniu os opositores ao regime.

Como as duas legendas eram fruto de decisões artificiais, foi necessária a criação de sublegendas dentro dos dois partidos para que todas as correntes internas fossem acomodadas.

Nos primeiros meses, o movimento militar contou como apoio de lideranças civis que condicionaram esse apoio ao prazo de um ano e meio, quando havia a promessa dos militares de pacificação e reorganização do país, com posterior convocação de novas eleições.

Entretanto, logo se viu que as lideranças militares participantes dos movimentos de tentativa de golpe contra a posse de JK, bem como dos levantes de Jacareacanga e Aragarças, tomaram o protagonismo e vieram as cassações de mandatos, as prisões ilegais, os exílios, a censura e o arbítrio.

Parte da oposição optou pela resistência armada e a maioria permaneceu na difícil missão de retorno à plenitude democrática com tenacidade e coragem. Depois das primeiras vitórias mais expressivas da oposição, voltaram as eleições de prefeitos de capitais, de governadores dos Estados até a conquista da eleição de Tancredo Neves para a Presidência da República por meio de eleições indiretas, em 1985, 25 anos após as eleições de 1960.

A Constituinte foi um momento ímpar no qual as emoções extravasaram e também as diferenças se acentuaram. O PSDB nasceu, então, como um partido moderno, defensor de teses com as práticas social-democratas vitoriosas na Europa, que possibilitam a ação de indução e de fiscalização de governo somado às atividades privadas empreendedoras.

Em Minas Gerais, em 1988, logo no início da criação do partido, foram eleitos os prefeitos Pimenta da Veiga, em Belo Horizonte, e Ademir Lucas, em Contagem. Em pouco tempo, o PSDB foi se ampliando e agregando novos filiados até conquistarmos o Palácio da Liberdade em 1994 e seguidamente em 2002, 2006 e 2010. Foram quatro mandatos conquistados nas urnas que se somaram a um grande número de mandatos de senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores.

Grandes realizações, projetos sociais e participativos de grande alcance e avanços históricos marcam a atuação do PSDB em Minas Gerais. Demos importante suporte ao Plano Real e continuamos defendendo a responsabilidade fiscal, o parlamentarismo e a verdadeira democracia.

Hoje, após um período conturbado da vida brasileira com radicalização político-ideológica e acirramento de ânimos, além de riscos claros à normalidade institucional, o PSDB se recoloca e se renova.

Com os jovens governadores Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, Eduardo Riedel, no Mato Grosso do Sul, e Raquel Lyra, em Pernambuco, além do vice-governador Ricardo Ferraço, no Espírito Santo, o PSDB se prepara para a renovação também nas bases com novas gerações de líderes.

Novos prefeitos, novos vereadores representantes de todos os segmentos são chamados sob a orientação do presidente do PSDB em Minas Gerais, Paulo Abi-Ackel, a se somarem a experientes parlamentares e lideranças que anseiam por um país pacificado, sem extremismos estéreis.

O PSDB é um partido verdadeiro, participe dessa nova caminhada. São novos tempos tecnológicos, novos desafios. É hora de um processo de repensar a política, de ter uma visão serena, mas audaciosa, na busca de um Brasil mais justo. E nós temos história para tal!

Artigo de Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas Gerais pelo PSDB, publicado no jornal O Tempo